A pecuária é uma atividade fundamental para a produção de alimentos de origem animal. Atualmente, existem diversos tipos de criação na pecuária, cada um com características específicas e necessidades próprias. Neste artigo, vamos explorar os principais tipos de criação na pecuária e fornecer informações valiosas para os criadores. Se você está interessado em ingressar nesse setor ou já é um produtor, continue lendo para descobrir qual tipo de criação é mais adequado para o seu negócio.
Criação Extensiva
A criação extensiva é um dos tipos mais comuns na pecuária, especialmente em áreas de vastas pastagens. Nesse sistema, os animais são criados em extensas áreas abertas, possibilitando o livre acesso à alimentação natural e uma maior liberdade de movimento.
Na criação extensiva, o gado é mantido em grandes pastagens, sem restrições de espaço. Essa forma de criação é ideal para regiões com baixa densidade populacional, onde as terras são mais amplas e o custo de terra é mais baixo.
Os animais criados em sistemas extensivos se alimentam principalmente de capim, forragens naturais e recursos encontrados na própria área de pastagem. Eles têm a liberdade de se mover e exercitar naturalmente, o que pode resultar em animais saudáveis e com melhor qualidade de carne.
- Destaque para a criação extensiva:
- – Amplo espaço para os animais se movimentarem;
- – Acesso a alimentação natural;
- – Menor necessidade de investimentos em infraestrutura.
Apesar de apresentar essas vantagens, é importante destacar que a criação extensiva requer um maior acompanhamento do manejo das pastagens e dos animais, a fim de garantir um correto aproveitamento do espaço e evitar problemas como superpastejo.
A escolha entre os tipos de criação na pecuária vai depender das condições de cada propriedade e das metas do produtor. A criação extensiva pode ser uma boa opção para aqueles que possuem terras amplas e disponibilidade de pastagens, buscando otimizar recursos e promover um manejo mais natural dos animais.
Criação Intensiva
A criação intensiva é uma forma de criação na pecuária que se caracteriza pelo manejo intensivo dos animais em espaços menores. Nesse tipo de criação, o objetivo principal é maximizar a produção e o lucro, utilizando técnicas avançadas e tecnologia para otimizar o processo de criação.
- Alimentação: Na criação intensiva, os animais são alimentados com rações balanceadas, que fornecem todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, em alguns casos, podem ser utilizados aditivos e suplementos para melhorar o desempenho dos animais.
- Confinamento: Os animais na criação intensiva são criados em confinamento, ou seja, ficam restritos a um espaço limitado. Isso permite um maior controle sobre a alimentação, manejo sanitário e reprodução dos animais.
- Manejo sanitário: Na criação intensiva, o manejo sanitário dos animais é essencial para prevenir doenças e garantir a saúde do rebanho. São adotadas medidas como vacinação, vermifugação, controle de parasitas e monitoramento constante da saúde dos animais.
- Controle ambiental: O controle das condições ambientais, como temperatura, umidade e luminosidade, é fundamental na criação intensiva. Isso é feito por meio de sistemas de ventilação, climatização e iluminação artificial, garantindo o conforto e bem-estar dos animais.
- Genética: A seleção genética é outro aspecto importante na criação intensiva. Busca-se melhorar as características dos animais, como o ganho de peso, a conversão alimentar e a qualidade da carne ou leite produzidos, por meio da escolha de reprodutores com boas características genéticas.
A criação intensiva é bastante utilizada na produção de carne e leite, principalmente em sistemas como as granjas de suínos, os confinamentos de bovinos e as aviculturas de corte e postura.
Criação Semi-intensiva
A criação semi-intensiva na pecuária é uma modalidade que se situa entre a criação extensiva e a criação intensiva. Nesse tipo de criação, os animais são mantidos em pastagens, porém, em espaços menores e com um manejo mais controlado.
Os animais na criação semi-intensiva têm acesso a áreas de pastejo, onde podem se alimentar livremente, mas também recebem suplementação alimentar para garantir um desenvolvimento saudável. Além disso, eles são abrigados em galpões ou piquetes com estrutura para protegê-los das condições climáticas adversas.
Um dos principais benefícios da criação semi-intensiva é o maior controle sobre a saúde e o manejo dos animais. Os criadores podem monitorar de perto a alimentação, o peso e o desenvolvimento dos animais, permitindo tomar ações preventivas e corretivas mais rapidamente.
Na criação semi-intensiva, é comum utilizar técnicas de melhoramento genético e manejo reprodutivo mais avançadas para aumentar a produtividade e a qualidade dos animais. Também é possível adotar sistemas de irrigação nas pastagens para manter o fornecimento de água constante e garantir um ambiente propício para o crescimento do gado.
- O gado na criação semi-intensiva geralmente apresenta um maior ganho de peso em comparação com a criação extensiva, pois recebem uma dieta mais balanceada e uma suplementação adequada.
- Os animais têm menos chance de sofrerem com doenças parasitárias ou outras enfermidades, devido ao controle sanitário mais rigoroso.
- Os criadores podem obter resultados produtivos mais satisfatórios, com uma maior quantidade de animais prontos para o abate em um tempo menor, atendendo à demanda de mercado de forma mais eficiente.
- A criação semi-intensiva também pode ser uma opção interessante para produtores que buscam uma forma de diversificação de renda, já que permite a criação de outros animais, como aves ou suínos, em conjunto com o gado.
Em resumo, a criação semi-intensiva na pecuária oferece uma alternativa intermediária entre a criação extensiva e a criação intensiva, proporcionando um maior controle e manejo dos animais, o que resulta em uma maior produtividade e qualidade dos produtos finais, atendendo às necessidades do mercado.
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